SERÁ QUE O JUDAÍSMO DOS TEMPOS BÍBLICOS NÃO TINHA SÁBIOS E FILÓSOFOS? - Parte 1
Muitos pensadores atuais dizem que o judaísmo era um religião que ensinava que havia um Deus intransigente e intolerante, que quer uma glória exclusiva para si.
Mas, será que é somente isso que o judaísmo "raiz" tem a nos passar de lição? Será que na história da Bíblia não houveram outros israelitas, e judeus(após a divisão entre os reinos do Norte, cuja a capital era Samaria, e o do Sul cuja capital era Jerusalém) que contribuíram para a filosofia judaica, e posteriormente cristã?
José, o príncipe do Egito
E conforme foi passando o tempo, José foi saindo da condição de escravo, passou a ser servo de Potifar, e com o tempo, passou a ser o Grande Sábio do Egito antigo, conhecido como Zafenate Panéia, que pode significar basicamente como "preservador da vida", pois afinal, ele não poderia estar acima ou equiparado ao Faraó, que era o Deus Sol reencarnado.
Embora tivesse sido um profeta - quer dizer um proclamador das mensagens de Deus - no sentido pleno da palavra, e com inspiração divina, ele fosse um excelente administrador, ela ainda estava longe do que podemos entender como um Sábio, no sentido filosófico da palavra, que é alguém que ensina alguém a pensar ou que produza conteúdo cultural para uma sociedade.
Moisés - será que agora surge o grande filósofo do povo hebreu?
Após José morrer, se passaram alguns anos e José foi esquecido como Grande Salvador do Egito da Fome e da Miséria que assolou as nações á sua volta. Assim, por causa da grande explosão populacional dos descendentes de Jacó(também chamado Israel), teve a brilhante ideia de tornar todos escravos, e tempos depois, promover genocídio contra crianças de até 2 anos de idade estabelecer um controle de natalidade.
Eis que neste cenário Surge Joquebede, uma mãe de 2 filhos, e que estava grávida de um 3º filho. Este filho nasceu no meio do maior genocídio - que é o extermínio de uma minoria indefesa - da história bíblica, foi colocado no Rio Nilo, em um cesto, e de repente, chega ás mãos da princesa do Egito, que passa á amá-lo como se fosse seu próprio.
Assim, este garoto a quem foi dado o nome de Moisés, foi criado em "toda a sabedoria dos egípcios". O que isso significa? O Pastor Davi Góes, da Revista Ceará diz que "Moisés havia sido criado pela filha de faraó e foi educado com toda ciência egípcia e sabedoria, foi educado como um guerreiro dentro do palácio, e foi preparado para ser um príncipe". E para ser um príncipe, e que teria que ter um excelente arcabouço filosófico. Mas, o que ele havia aprendido era para usar para governar o seu povo. Porém, para atingir a sabedoria para ser um intelectual, Moisés teria que seguir um outro curso.
Moisés teria que passar pela experiência de ter a chamada crise de identidade, para tomar uma decisão. Quando ele viu um israelita ser maltratado, ele foi tomado de grande impulso, e matou o guarda egípcio. Esta decisão fez com que ele fugisse para a terra de Midiã, a 450 quilômetros do Egito.
Lá ele passou a ter uma vida simples, na qual, ao contrário do que acontecia na sua vida luxuosa do Egito, ELE PASSOU A APRENDER COM A NATUREZA, o que é paciência, e o que significa usar a sabedoria, não PARA EXERCER DOMÍNIO SOBRE OUTROS, mas, para aprender o que realmente significa ser sábio, e como usar isso em benefício dos outros, pois, aquele que usa sua sabedoria de acordo com as necessidades daqueles que estão sob os seus cuidados, pode ser realmente chamado de sábio.
Mas, qual faz de alguém um verdadeiro filósofo?
Será que este tempo em Midiã fez com que Moisés aprendesse o que realmente é obediência, e assim, o que realmente significa a verdadeira sabedoria? Será que Moisés aprenderá a ser filósofo?
São perguntas que serão respondidas na parte 2 deste tema.
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